Relatório de Planejamento Estratégico CCNT 2010

O Relatório dos Estudantes de Engenharia Ambeiental para o planejamento estratégico de 2010 do nosso Campus está sendo desenvolvido.

O Planejamento Estratégico do CCNT para 2010 inclui a participação dos Centros Acadêmicos do Campus no intuito de combater a evasão dos alunos que ingressam nos cursos (calouros) e também de veteranos. Esse é um dos objetivos desse Planejamento, e foi passado para o CAEA a solicitação da elaboração de um documento que relacionasse os pontos críticos que só desestimulam os alunos a seguirem conosco até o fim da graduação.

Esse processo necessita de uma construção coletiva, em que se abre um espaço para a contribuição de todos os nossos colegas para a finalização do texto. Assim é interessante ser de conhecimento geral o Relatório parcial, o qual está exposto para a discussão do nosso grupo.

Está aí. Leiam, opinem, pensem, discutam, porque tão importante quanto a nossa comunicação é o potencial que extraimos dela!


Documento Parcial

Universidade do Estado do Pará
Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental
Relatório dos Estudantes para o Planejamento Estratégico 2010 do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT)




Os acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental desta IES expõem aqui suas demandas e proposições para o melhor desenvolvimento da formação dos profissionais de Engenharia Ambiental na UEPa.
Partindo do objetivo essencial para os cursos do Planejamento Estratégico de 2010 – CCNT, elaborou-se este relatório com base no propósito de diminuição da evasão dos alunos do curso de Engenharia Ambiental, de modo que são relacionadas pelos atuais estudantes as deficiências que desempenham um papel muito forte no desestímulo do graduando em seguir na sua formação por esta Universidade.
No âmbito político-pedagógico, apresentamos as seguintes insatisfações:

1. FALTAS DOS PROFESSORES, situação que aparenta estar amenizando graças á fiscalização mais presente da assinatura do ponto dos docentes feita pela secretaria. Contudo enfatizamos que é necessária a continuidade desse acompanhamento, tornando-se uma prática permanente.

2. Falta de aulas práticas: o desenvolvimento do trabalho em campo com o conhecimento transmitido nas salas de aula é de fundamental importância em qualquer curso de Engenharia, haja vista a natureza aplicada da profissão, e no caso da Engenharia Ambiental esse elemento é fundamental para a melhor capacitação do projetista, cientista, empresário dentre outros, para a concretização e efetividade da sua intervenção no meio, sendo que este é real, e não simplesmente teórico ou virtual.

3. Falta de planejamento de aulas durante o decorrer do semestre, com cronograma e apresentação de materiais a serem usados, como apostilas e agendamento de aulas práticas ou visitas técnicas. Muitos professores não se sentem obrigados a mostrar o planejamento de aula e fazem do semestre o que bem entendem, às vezes nem terminando o conteúdo programático.
4. Qualidade da aula ministrada. Relativo ao empenho do professor dentro da sala de aula: a maneira como ele explica os assuntos que está ministrando (clareza, objetividade e “carisma”); interesse em verificar se o aluno esta aprendendo, empenhando-se nos estudos; boa utilização do tempo de aula, ou seja, utilizar todo o tempo de aula.

5. Falta de sala de professores, onde os mesmos possam interagir sobre o curso e conseguir melhorar a relação interdisciplinar entre os assuntos da Engenharia Ambiental, bem como sistematizar e integrar as disciplinas que requerem pré-requisitos de modo a darem o necessário conhecimento para etapas posteriores do curso, tornando o aprendizado mais completo e construindo conhecimento na academia, ao invés de somente seguir um cronograma de aula descomprometido com o curso.

6. Ausência de departamento das disciplinas básicas da Engenharia como Física, Química, Cálculo, etc, que façam com que os professores vivenciem mais o curso de Engenharia Ambiental e vinculem sua construção de conhecimento ao curso, uma vez que o departamento, como é hoje, vinculado a outro centro, não trás vantagens ao ciclo básico e específico das Engenharias e cursos de tecnologia. Como exemplo, temos que em um ano temos um professor de Cálculo 1 e, no próximo, o professor já é outro. Isso não obriga o professor a ter um comprometimento com o ambiente de trabalho, de modo a construir as graduações.


Em termos estruturais, descrevemos as seguintes complicações:

1. LIMITAÇÕES DOS LABORATÓRIOS

1.1 Alguns apresentam problemas de espaço, como o de Microbiologia, onde se trabalha com 1/3 de uma turma com notada dificuldade; além disso, situações de falta de materiais básicos como meio de cultura e reagentes.

1.2. Inatividade do Laboratório de Física: os estudantes de Engenharia Ambiental praticamente não usam este laboratório, muitos nunca entraram nele, pois há a reclamação pelos professores da disciplina da falta de material para as demonstrações práticas e experimentações pertinentes ao curso. Sugerimos que um projeto de reativação deste laboratório seja desenvolvido e implementado urgentemente, inclusive com uma proposta voltada para as aplicações de cada curso do CCNT, no caso da Engenharia Ambiental, a Física Ambiental.


2. Deficiências da estrutura básica: principalmente no caso dos banheiros, quando há a carência de lâmpadas, sanitários, mictórios defeituosos, além de alguns já estarem interditados há muito tempo, dificultando ainda mais a permanência do aluno na Universidade, o qual precisa passar muitas vezes mais de um turno realizando seus trabalhos, estudos, projetos, monitoria, movimento estudantil dentre outras atividades. A Falta de bebedouros é mais um agravante.

3. Falta de espaço no CCNT para maior lazer dos alunos. Visto que somos um centro pequeno dentro de uma universidade pública, a ocupação de espaços públicos por estudantes é um incentivo a permanência e criação de vínculos sociais. A falta de pesquisa na Universidade já obriga o aluno a recorrer a outros centros, diminuindo o tempo de convivência em nossa universidade. Espaços físicos para o convívio entre estudantes e professores, não somente em sala de aula, são fatores que favorecem as relações sociais que podem ser produtivas para a pesquisa, por exemplo. A falta desses espaços torna nossa universidade muito parecida com as universidades particulares, onde os alunos somente vão a universidade para assistirem aula e vão embora para suas casas logo após. Prédios somente com laboratórios, grupos de pesquisa, gabinetes e salas de aula não garantem um espaço universitário, mas sim um espaço técnico e administrativo.

4. A falta de um Restaurante Universitário, o R.U., ainda é um fator fortíssimo na hora de o discente avaliar o quanto é viável estudar no Campus V da UEPa. Portanto, se torna item indispensável neste Relatório, assim como muitas vezes o é na vida do universitário, que paga uma quantia muito mais barata em outras Universidades Públicas no Estado por uma refeição, ou chega até a não pagar nada! É muito importante a implantação de um R.U. no CCNT, pois o custo com alimentação dos estudantes é equiparado com o de profissionais, basta observar que ambos almoçam no mesmo estabelecimento, pagando o mesmo preço, dentro do Campus, sendo estes podem arcar com esses valores bem melhor do que um graduando.